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Conheça escolas que mudaram a maneira de ensinar

Sobre o layout, o blog tem tudo que você precisa para criar lindos posts que chamam a O aluno que estudava em 1819 entrava em sala todos os dias, se sentava, pegava o caderno e copiava o que o professor falava e escrevia no quadro negro. O aluno de 1919 também chegava todos os dias na escola, se acomodava em sua cadeira e escrevia as orientações do professor. Passados 200 anos, o aluno de 2019 continua fazendo a mesma coisa. Mesmo com a adição de computadores e projetores em salas de aula, a dinâmica do ensino não mudou: estudantes perfilados em fileiras que escutam, entediados, o professor que transmite o conteúdo que será avaliado na prova do fim do mês.


Algumas escolas, no entanto, têm tentado romper com o modelo tradicional. Em vez de alunos enfileirados, mesões coletivos. No lugar da tradicional divisão por matérias, conteúdos transversais. Se antes os alunos eram avaliados por provas, agora devem desenvolver projetos.

Conheça abaixo algumas escolas que se propõem a inovar na didática.


- Wooranna Park Primary School (Melbourne - Austrália)

Apostando na ideia de autonomia, a escola decidiu reformular completamente seu conceito em 1997. As paredes foram reconfiguradas, eliminando a tradicional sala de aula e criando espaços de aprendizagem abertos. Os alunos montam seu próprio currículo, com base em interesses pessoais. Os professores são, na verdade, facilitadores. O colégio possui espaços para ensinar robótica, estúdios de rádio e TV, e até mesmo um "portal do enigma", onde os alunos aprendem sobre galáxias ou exploram galerias de arte usando programas de realidade virtual. A escola se define como um lugar de "otimismo, entusiasmo e desafio". - La Scuola Possibile (Turim - Itália)

Sem para casa, sem mochilas e sem provas. Inaugurada em 2017 para ser uma escola de vanguarda, a ideia da La Scuola Possibile foi incubada dentro do Instituto de Artes Aplicadas e Design e apoiada por empresas italianas. Para cada aluno é criado um percurso individual, com objetivos específicos. As turmas são reduzidas e as matérias são "fluídas e interconectadas". No lugar de matemática e ciências, "Matemática na Natureza e Os Segredos do Universo". Italiano, história e geografia se fundiram em "Space & Time Travel". Outras matérias são inéditas: "Happyness by Design", "Creative Explorations and Mind Mapping". O corpo e a mente também são trabalhados com "Meditation for Innovation" e "Mind & Body Fitness". Tudo isso baseado no conceito de co-criação e no trilinguismo italiano, inglês e coding. - Escola da Ponte (Porto - Portugal)

Fonte de inspiração para alguns projetos já implementados no Brasil, a Escola da Ponte foi criada pelo pedagogo português José Pacheco, uma referência mundial em inovação em educação. Crítico da "monodocência redutora", Pacheco criou um modelo de ensino baseado na autonomia e na liberdade dos alunos, que busca criar um sentimento de comunidade e de solidariedade. As salas de aula e a divisão em séries foram abolidas e em seu lugar surgiram grupos de estudo heterogêneos, baseados no interesse em comum por determinado assunto. O estudo também pode ser feito de maneira individual e os alunos definem o projeto de pesquisa. Os professores possuem formações variadas e são responsáveis por todos os estudantes, ou seja, não há professores exclusivos para cada grupo específico. Outra inovação é a participação dos pais na gestão e nas tomadas de decisão da escola. - EMEF Desembargador Amorim Lima (São Paulo)


Em um país onde o ensino público muitas vezes fica jogado às traças, é um alento conhecer o trabalho da escola municipal Desembargador Amorim Lima, a primeira escola pública brasileira a adotar o modelo de salas abertas idealizado pela Escola da Ponte. As paredes das salas de aula foram eliminadas em 2003 e o projeto pedagógico também visa dar autonomia aos estudantes na escolha do percurso de estudos, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada um. Professores e alunos convivem e trabalham em equipe e o cuidado com o espaço da escola é de responsabilidade de todos. Os pais também participam ativamente da vida da comunidade escolar, desenvolvendo oficinas após o horário das aulas e organizando eventos para arrecadar fundos. - Quest to Learn (Nova Iorque - Estados Unidos)

Imagine uma escola onde todo aprendizado é baseado em gamificação. Essa é a proposta da Quest to Learn, cujo currículo é inteiramente gamificado para garantir a imersão e a interação com o conteúdo lecionado. A escola nasceu com o intuito de reduzir a elevada evasão escolar e melhorar o aproveitamento dos alunos na leitura e em cálculos matemáticos. Para tanto, o modelo educacional da Quest to Learn busca aumentar o engajamento dos estudantes por meio da resolução de desafios para passar de ano. As turmas têm no máximo 25 alunos e os professores são capacitados para produzir experiências de ensino gamificadas. Os alunos mais velhos são estimulados a criar conteúdo para os mais novos, reforçando o ideal colaborativo da escola.

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